Comoção organizadora do plebiscito junto as entidades representativas dos estudantes DCE e UNE (Foto: Rebeca Oliveira)

 

Por: Flayza Andrade e  Everton Maxwel

Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) entram em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (22). A decisão foi tomada após uma votação em um plebiscito que contou com a presença de 1.820 docentes dos 2.396 aptos a participar na votação. A deliberação resultou em 1.138 votos favoráveis, 620 votos contra a deflagração da greve e 62 pessoas se abstiveram de votar. A votação aconteceu de forma online feita no site do ADURN-Sindicato nos dias 15 e 16 de abril.

Dentre as principais reivindicações dos docentes, estão reajuste salarial,reestruturação das carreiras do magistério superior e do ensino básico, técnico e tecnológico,além das recomposições do orçamento das Instituições Federais de Ensino (IFES).

Gustavo, Vice Une do Estado reforçou em entrevista para a Fotec que “Os professores da Universidade não têm esse  histórico de aderir a greves. Isso mostra a real necessidade da Universidade”.

Os professores trazem duas frentes de reivindicações. Com o conjunto dos servidores públicos federais, requerem reajustes salariais lineares de 2024 até 2026 com aumento de 7,06% ao ano, totalizando 22,8%. Enquanto a demanda específica da categoria é, principalmente, a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Na proposta encaminhada pelo PROIFES-Federal, a reestruturação conta com reajustes propostos de 9,39% em 2024,  6,82% em 2025 e 2026, somando um total de 23,03%.

Embora a maioria dos professores tenham votado a favor da greve no plebiscito, alguns docentes desfavoráveis à decisão continuarão lecionando normalmente, o que até o momento impossibilita a paralisação do calendário. Ainda essa semana, acontecerá uma reunião interna para decidir a possibilidade do adiamento do calendário acadêmico. Caso a  decisão seja aprovada pelo reitor da instituição, a CONSEPE deve aprovar um novo calendário acadêmico para o término do semestre letivo.

Em meio à greve dos professores e servidores públicos, os bolsistas da Universidade também propõem paralisação  em consequência da greve dos servidores que ocasionou sobrecarga nos serviços prestados, em especial no apoio técnico. O Movimento dos Bolsistas espera autorização para que possam efetuar a greve sem que sejam afastados dos seus resignados cargos.