Por Gil Araújo/Agência Fotec

A 3ª edição do Cine AiD$ acontece neste sábado (30) seguida da Cre(Sida) Mini Ball, no Centro Cultural Nestor Lima, em Parnamirim, a partir das 15h, promovido pela A Loka de Efavirenz. O evento é gratuito e visa celebrar a vida de pessoas LGBTQIAP+.

Imagem do filme | Foto: Osi 007

O ‘Cine AiD$’ é um projeto que visa promover a conscientização e a reflexão sobre a epidemia de AiD$, especialmente no estado do Rio Grande do Norte, onde ainda enfrentamos altos índices de crianças nascidas com AIDS e poucas iniciativas eficazes contra o estigma e a discriminação enfrentados por pessoas vivendo com HIV. Este ano, o destaque será para a exibição do filme “Aquela Criança com AiD$”, o primeiro filme brasileiro a integrar a prestigiada curadoria para o 34° DWA em 2023 da Visual AIDS. Dirigido pela Overall Princess Hiura Baixíssima, o filme aborda as vivências e pesquisas sobre a transmissão vertical do HIV, trazendo à tona questões cruciais sobre saúde, vida e superação.

Após a exibição do curta, é hora de celebrar a vida, a beleza e a criatividade em comunidade na ‘Cre(Sida)’ Mini Ball. Serão quatro categorias estéticas premiadas: Face, Runway, Fashion Killa e Sex Siren, com um total de R$400,00 em prêmios em dinheiro. Este evento busca resgatar a importância da Ballroom como agente de promoção de saúde e vida, reafirmando o compromisso comunitário na luta contra a epidemia de AiD$.

Divulgação/Ballroom RN | Arte: Vultraaa Baixíssima

“A Cre(Sida) Mini Ball foi inteiramente inspirada no roteiro do filme, e tem como objetivo principal resgatar a importância da Ballroom como uma ferramenta de resistência e empoderamento para comunidades marginalizadas. O nome Cre(Sida) – Pois eu cresci da Ball representa a capacidade de transmutar a violência, o estigma e o ódio em uma celebração da vida e da diversidade”, relata Lili Nascimento, produtor da Mini Ball e do filme.

A cena Ballroom surge como uma expressão artística e política, marcada pela diversidade LGBTQIAP+, que teve origem nas comunidades marginalizadas de Nova York nos anos 60. Este movimento abrange uma gama de atividades, incluindo competições de dança, performances, moda e música, proporcionando um espaço seguro e inclusivo para os participantes expressarem seus talentos e autenticidade.

Os eventos têm atraído cada vez mais participantes e apreciadores, incluindo intercâmbio com cenas de outros estados. | Foto: Gil Araújo

No Brasil, a Ballroom começou a ganhar destaque em 2015, quando a Vogue Fever organizou a primeira Ball em Belo Horizonte, dando início a uma disseminação desse movimento por todo o país. No Rio Grande do Norte, a cena é nova e começou a se firmar com o movimento de treinos, oficinas e as primeiras Balls com a presença de casas como Casa de Acúenda e Casixtranha, ambas desempenharam um papel fundamental na propagação da cultura Ballroom na região, contribuindo para sua crescente visibilidade e reconhecimento.

A Cre(Sida) Mini Ball conta com o apoio do Centro Cultural Nestor Lima e da Lei Paulo Gustavo do município de Parnamirim. Confira mais informações sobre o evento em @Ballroomrn.