Allyne Paz

Por Allyne Paz

Esse é um espaço nosso e vamos permanecer, mesmo com todas as dificuldades de onde nós viemos”. A fala de Karolyny Alves, 26, estudante de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi uma das que ecoaram na roda de conversa “Pretos e pretas: Onde está o seu espaço?”, que ocorreu hoje no palco da Diversidade, na praça cívica da UFRN, dentro da programação da Cientec.

A roda de conversa contou com a participação de homens e mulheres de coletivos negros e abordou, de forma transversal, a resistência negra nas universidades públicas, o lugar de fala da juventude negra, o machismo na sociedade e as dificuldades enfrentadas pela população negra na sociedade. Abriu-se também espaço para a leitura de poesias e poemas das pessoas presentes no palco.

Para Karolyny, que participou da intervenção, o racismo ainda é presente na sociedade e o palco da diversidade serviu para dar voz à população negra que ainda resiste aos diversos obstáculos. A estudante afirma que ainda há muito para se conquistar: “Ser uma mulher negra na universidade não é um privilégio, mas sim, resistência, é uma luta. Eu estou aqui para resistir”.

Além de discutir sobre a juventude negra, o palco da Diversidade uniu diferentes vozes, entre elas, a da comunidade LGBT’s, das mulheres e também dos artistas potiguares. A ação mostrou que existe um caminho ainda distante para a igualdade de raça, gênero e etnia, porém, espaços como o palco da diversidade na Cientec servem para que esse diálogo aconteça e alcance mais pessoas.