Em um dos pavilhões mais movimentados da 24ª Cientec, repleto de crianças, alunos, professores e pesquisadores, o estande do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) traz a apresentação das bases de pesquisa do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS). O projeto surgiu em março de 2011 e une as áreas de saúde, tecnologia da informação, engenharia e comunicação para buscar inovação e trazer melhorias para a sociedade.
Durante a Cientec, o LAIS apresentou alguns de seus projetos, que têm em sua maioria alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) são bolsistas. Júlia Apolônio, aluna de Ciência e Tecnologia, descobriu a engenharia biomédica como uma paixão, onde pode trabalhar com tecnologia e ao mesmo tempo, ajudar pessoas. Ela é uma das bolsistas do Laboratório de Tecnologias Assistivas, assim como Tiago Barreto, do 9º período do curso de Engenharia Biomédica. Ambos são responsáveis por ajudar a desenvolver equipamentos que serão aplicados na área da saúde, como próteses mioelétricas para auxiliar indivíduos amputados. “Os nossos músculos têm impulsos elétricos, que não sentimos porque a corrente é muito pequena, mas que é necessário para conseguirmos abrir e fechar a mão, por exemplo. Esses sinais são captados e enviados pra prótese pra que ela se mexa”, disse ele.
O protótipo, presente no estande para demonstração, é feito com materiais de baixo custo, o que pode baratear o valor deste tipo de equipamento para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
O estande do HUOL também envolve outras áreas de pesquisa. Danieli Silva é orientadora educacional da Escola de Programação do LAIS, responsável pela criação do sistema Hera. A ferramenta serve para melhorar a triagem de exames realizados em recém-nascidos, e ajudar a prevenir doenças que podem se manifestar se não forem detectadas e tratadas. “Todos os bolsistas trabalham de forma integrada em um contexto onde se recebe um problema real e a partir daí vão estudar esse problema, sentir o que está se passando para saber qual é a necessidade. Com base nisso, elaboram um projeto de desenvolvimento de sistemas de saúde para resolver essa questão”, explica Danielle.
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