Por Rute de Souza
A capital potiguar voltou a ter cinema de rua depois de 2 décadas sem a atração cultural. O palco dessa atividade é a Casa da Ribeira que, nos dias 29 e 30 de agosto, realizou o +Festival Originalidades com exibições de curtas e longas-metragens de todo o Brasil.
A programação contou com produções audiovisuais divididas em 4 temáticas: +Cinema Indígena, +Cinema Negro, +Mulheres no Cinema e +Cinema LGBTQIA+, com 5 curtas-metragens e 1 longa para cada mostra.
O objetivo não só do Festival mas como também da Casa da Ribeira, é, além de democratizar o acesso da população à atividades culturais, ofertar um espaço para os artistas independentes exibirem seus trabalhos e celebrar o audiovisual nacional.

O evento marcou também a modernização do espaço: o projetor 4k e o sistema de som imersivo – adquiridos através da Lei Paulo Gustavo – tornam possível o renascimento do cinema de rua em Natal.
A presidente da Casa da Ribeira, Alessandra Augusta, está na perspectiva de conseguir outros incentivos para sempre estar ampliando as linguagens culturais e recebendo diversas vertentes culturais no espaço. Apesar das dificuldades e contratempos, Alessandra afirma que “lançamos essa sala com muito orgulho e satisfação e estamos cansados mas felizes com o trabalho feito”.

“DENTRO DO AUDIOVISUAL É NECESSÁRIO A GENTE PENSAR DE FORMA COLETIVA, SOLIDÁRIA E POPULAR” – Geyson Fernandes, indígena potiguara do território Katu.
O audiovisual é uma ferramenta potente de transformação e luta. Nisso, acredita o idealizador do CineKatu, Geyson Fernandes, que valoriza o cinema produzido e protagonizado pelo povo indígena. “É interessante que a gente comece a projetar as coisas olhando para os nossos territórios, dar vez e dar voz para essas pessoas que estão sendo invisibilizadas”, afirma o produtor audiovisual.