Foto: Lucas Sabino

Por Ana Beatriz, Felipe Costa e Rute de Souza

A Batalha da Gruta, está sendo desenvolvida como uma reformulação do antigo projeto “Batalha do Coliseu”, grupo que esteve presente na cultura da universidade desde os últimos anos. Ao contrário da realidade inicial, hoje, o projeto de extensão visa ampliar os cargos de gestão e execução das atividades ao público feminino, no intuito de tornar o ambiente do Hip Hop mais inclusivo às mulheres.

As atividades do projeto são um meio de expressar arte e os sentimentos de revolta de quem participa. E ninguém faz isso sozinho, é preciso que o grupo tenha vínculos fortes e com o mesmo propósito. “Aqui é geral unido, geral junto, porque são vários pilares que erguem uma torre que sustenta nossos valores, que são de pregar amor, liberdade, paz, empatia. A gente faz isso tudo através de rima, através de break, grafite, do DJ e do conhecimento que a gente passa”, diz MC Rei G, mestre de cerimônia da Batalha da Gruta. 

Reunião sobre a Batalha (Foto: Lucas Sabino)

O objetivo dos integrantes do projeto é também popularizar a cultura da batalha de Hip-hop dentro e fora do espaço acadêmico. A componente da equipe de projetos Adriana Monteiro conta que esse movimento “não se restringe só à universidade, é um espaço de ser reconhecido como jovens que fazem cultura, uma cultura que por muito tempo foi marginalizada”

O hip-hop é um gênero artístico bastante utilizado por grupos marginalizados para expressarem sua arte ao público. Desenvolvido inicialmente por afro-americanos do Bronx, nos Estados Unidos, na década de 1970, o estilo abrange muito mais que música, tendo forte potência no rap, grafite e break. Segundo Lucas Sabino, membro do núcleo de audiovisual, o projeto tem sua importância pois “fortalece os laços entre diferentes grupos e promove a cultura do Hip-hop como uma ferramenta de inclusão e expressão”. 

Os eventos de batalha de rima acontecem mensalmente no Coliseu, anfiteatro localizado nas proximidades do setor 2 da UFRN. O próximo ainda não tem data definida, pois a liberação da superintendência e da pró-reitoria está sendo aguardada. Em relação à estrutura, espaços são dispostos para dançarinos, DJs e artistas de grafite se expressarem livremente, além de um microfone aberto ao público, possibilitando que qualquer pessoa possa dissertar poemas, protestar ou apenas compartilhar sua voz.