Na foto, Laro Silva, pesquisador e expositor na AFROLIC – Foto: Allyne Paz
Por Allyne Paz

Com o intuito de apresentar e debater a forma como a literatura africana contribui com o combate às desigualdades provocadas através do preconceito e discriminação racial na sociedade, entre os dias 29 à 31 de julho, acontecerá o III AFROLIC – Congresso Internacional da Associação de Professores de Literatura Africana – com a temática voltada à Literatura, Desigualdade e Ensino. O evento ocorrerá na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal RN, nas salas do Instituto Ágora.

?A conferência de abertura acontecerá no primeiro dia do evento, 29 de julho, às 20h, no Auditório Central do Instituto Ágora, na UFRN, em Natal. A conferencista convidada é a professora doutora Nilma Lino Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela foi a primeira mulher negra do Brasil a ser reitora de uma universidade pública federal, em 2013, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Além disso, a conferencista já foi ministra no Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, no Governo da ex-presidente Dilma Rousseff, no período de 2015 à 2016.

Para uma das organizadoras locais do evento, a professora doutora Tânia Lima, do Departamento de Letras da UFRN, o encontro permite que os professores e pesquisadores compartilhem dos conhecimentos adquiridos durante a sua trajetória e experiências e vivências de pesquisas. A organizadora explica que é urgente oferecer visibilidade a pesquisa sobre a literatura sobre a África, pois “ao trazer literatura africana estamos ampliando o olhar ao mundo ancestral em tempos sem luz. Em tempos desprovidos de humanidade, é preciso abrigar a voz das minorias, fazer essas vozes serem incluídas no projeto político, não apenas do Brasil, que aí está, em sua demolição dos direitos humanos,mas do mundo todo em sua totalidade refugiada”, esclareceTânia Lima.

O evento reunirá diversos docentes, discentes, profissionais e pesquisadores do Nordeste e do mundo. Dentre os participantes, está a coordenadora e docente da Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, professora Rosilda Alves. Ela reforça que o evento trará bons frutos: “será um grande privilégio poder ouvir e compartilhar dos ensinamentos dessas pessoas que estão vindo de várias partes do Brasil, do Continente Africano e da Europa”, enfatiza Rosilda.

O congresso prestará homenagens à professores, poetas e divindades. Entre as professoras homenageadas, está Nilma Lino Gomes, da UFMG. Além das professoras homenageadas, o evento fará saudação ao escritor Luis Romano de Madeira Melo, de Cabo Verde, e as poetas Ana Mafalda Leite, Ana Paula Tavares, Sônia Sultuane. Como também, para além de propiciar consagração às divindades da mitologia ancestral africana, Oxum, Ogum e Nanã.


Momentos Culturais

Na programação do evento constarão momentos culturais e exposição artística. Laro Silva, artista e estudante de Letras – Português, na UFRN vai expor sua pintura em aquarela, inspirada na beleza das pessoas negras, na arte de Frida Kahloe Tarsila do Amaral, visando expressar emoções e pensamentos definidos pelo autor como uma forma de provocação de sentimento e emoções no público expectador. Além da exposição, haverá apresentações culturais de dança, coral e música.

A ação conta com a parceria da UFRN, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento. Site do evento!