Flauta doce na moda

Por Arthur Barbalho

Que a música é um instrumento que possibilita integração entre as pessoas, todo mundo sabe. É difícil não sentir-se contagiado com um instrumento sendo executado com pureza e, sobretudo, com esperança. E aqui chegamos a um ponto interessante: como esta arte pode mudar a vida das pessoas? Bem, no município de Riachuelo, distante 71 km de Natal, a música vem transformando a realidade de um grupo de 45 crianças desde 2015, através do projeto Interliga.

Nesta quarta-feira (28), os estudantes que participam da ação social visitaram a 24ª edição da Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para conhecer a feira e o lugar de onde seu projeto teve início. “Na verdade, o Interliga começou aqui”, diz Lorayne Kelly, coordenadora do projeto. A relação de similaridade do projeto de música para crianças e adolescentes com a UFRN explica-se na sua gênese, como conta a responsável pela ação.

“Em 2015, Riachuelo foi um dos municípios que recebeu o projeto Trilhas Potiguares, que na época deu o pontapé do que viria a ser nosso projeto. A partir do que eles nos apresentaram, tivemos o alicerce para seguir”, explica ela, que atualmente conta apenas com a ajuda da irmã para realizar as ações do Interliga. “Não temos financiamento de órgão público, então somos nós e as mães que ajudam como podem, seja com dinheiro, ou algum instrumento quando falta. O mais importante, é possibilitar uma alternativa para esses meninos. Para muitos deles, o projeto é uma válvula de escape”, afirma Lorayne.

E quem disse que eles vieram a Natal apenas para conhecer a Cientec? “Se pedirem, a gente está pronto pra tocar”, diz com voz firme uma das participantes do projeto, sinalizando com a mão direita para a flauta doce que carregava na mão esquerda. E assim o fizeram. Executando o “Leãozinho”, de Caetano Veloso, os participantes do Interliga chamavam atenção – e encantavam – os que passavam durante a manhã pela feira (inclusive do repórter que assina esta matéria), sem deixar de lado que o objetivo também era outro como garante Lorayne. “Quem sabe a gente não se apresenta em um dos palcos esse ano”? Não dá para duvidar de quem já é de casa.

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