Por Adriane Galvão e Rute Souza – Agência Fotec

Dando continuidade à programação do 2º Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação (ComPública), o segundo dia do evento é marcado pela apresentação dos grupos temáticos (GT’s) que discutem sobre mídia tradicional, mídias digitais, direitos humanos, (de)colonialidade, democracia, transparência e participação. Na tarde desta terça-feira, 17, foram apresentados cerca de 24 resumos expandidos que se relacionavam com os temas propostos pelo congresso. 

GTs debatem a comunicação pública em diferentes vertentes
Foto: Beatriz Medeiros

O GT1 debateu a Comunicação Pública, Mídia Tradicional e Mídias Digitais, apresentando resumos sobre divulgação científica, TVs e rádios universitárias e a comunicação pública em plataformas de mídias sociais. Atendendo a um desses temas, o projeto “Do eleitoral ao institucional: a narrativa do perfil Lula Oficial no Instagram e a comunicação pública em tempos de atos antidemocráticos”, da jornalista Lorena Vieira, questionou se o perfil LulaOficial pode ser entendido como uma ferramenta de comunicação pública. 

Neste sentido, a mestranda vinda de Tocantins considerou que o perfil atendeu uma necessidade do período eleitoral e passou a garantir o acesso à informação, fomentou o diálogo e estimulou a participação. “Apesar da assinatura pessoal, o perfil LulaOficial no Instagram pode ser considerado como uma ferramenta de Comunicação Pública. É válido conceder ao público a possibilidade de acompanhar os desdobramentos do acontecimento público de interesse geral – como os atos antidemocráticos de 8 de janeiro – do ponto de vista de quem pode e toma as decisões que impactarão esse cenário, constitui comunicação de extrema importância para a opinião pública”, finaliza Lorena. 

Com o tema de Comunicação Pública, Direitos Humanos e (De)Colonialidade, a palestrante Laura Santos de Souza explica sobre como o acesso à saúde, assim como à comunicação, é um direito universal mas é negligenciado pelo governo. “Quando o Estado não tem políticas públicas específicas para a mudança desse cenário precário, ele afirma que aquele indivíduo é apenas um sobrevivente e não parte integrante da sociedade”.

 Direitos Humanos e (De)Colonialidade é o tema do GT2
Foto: Lucas Targino – Fotec 

O projeto “Condições de atuação do jornalismo no Brasil sob e após Bolsonaro”, escrito pela mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, Ana Carolina Souto, está entre os trabalhos divulgados no GT3: “Comunicação, Democracia, Transparência e Participação”. A jornalista destacou o aumento da violência contra jornalistas no Brasil e a importância do fortalecimento da comunicação pública no Brasil. 

“A partir do relatório ‘Violência contra jornalistas e liberdade de expressão 2022’ é possível enxergar o aumento desses ataques, principalmente, contra a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) durante o governo Bolsonaro. Infelizmente a desinformação é utilizada como estratégia política e, por isso, é necessário o fortalecimento da comunicação pública no país”, enfatiza a jornalista.