Por Rute de Souza e Helena Moraes
Com o intuito de incentivar a interação entre os estudantes e gerar novas formas de economia solidária, a Feira da Maré ocorre uma vez por mês nos corredores dos diversos setores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e é coordenada pelos discentes que fazem parte da instituição através do Movimento Correnteza. No mês de abril, o evento estende-se pelos dias 10 e 11 nos setores 1 e 2.
Os expositores não necessariamente precisam ser do corpo universitário ou de um empreendimento específico. A feira abrange segmentos diversos, como, gastronomia, brechó, floricultura, artesanato e até mesmo tiragens de cartas, e chama a atenção não só dos estudantes como também dos docentes e de quem passa pelos corredores.
A universidade não é apenas um ambiente de estudos, mas especialmente de integração dos alunos. Conhecer e se relacionar é parte fundamental da experiência universitária. Nesse sentido, a Feirinha da Maré vem atuando como um movimento cultural e político de ocupação dos espaços da UFRN. “A Universidade tem que ser um espaço que a gente viva as pessoas, as experiências e crie esse sentimento comunitário. A gente tem uma relação de muita proximidade com a história de cada feirante para entender a realidade de cada um”, relata a coordenadora nacional do Movimento Correnteza, Maria Eduarda
A proprietária da loja Shaanti Vibes de produtos esotéricos e artesanais, Iasmin Costa, conta como é fundamental o desenvolvimento de exposições que dão visibilidade tanto para pequenos empreendedores, quanto para a Universidade: “Eu acho muito importante ter eventos assim em instituições acadêmicas principalmente porque muitos estudantes são empreendedores. É uma via de mão dupla, a faculdade ganha movimento e o empreendedor ganha nas vendas e desenvolve contatos. É algo que deve ser investido cada vez mais, porque é algo que muda vidas, como mudou a minha”.
Já a fundadora da loja Seja Lunar de brincos e acessórios, Mariana Luna, frequenta a feira há 5 meses e traz a visão de que “é muito positivo para o empreendedorismo local e microempreendedores que tem loja online, porque a gente tem contato direto com os clientes e entende mais o nosso público alvo”.
“É muito bom ter esse momento imersivo que a gente possa trazer coisas que fazem parte do que os estudantes gostam, como brechós, loja de acessórios e coisas do universo universitário”, disse Maria Fernanda, dona do Achadinhos Brechó