Por Joana Mercedes
Natal estreou, na noite do dia 02 de junho de 2023, no Choupana Café, a abertura da Exposição Natureza Elementar, primeira amostra individual de fotografias da artista visual Myrian Ther. Momento único para quem gosta de desfrutar de arte, cultura, conhecimento, boa conversa, sem se desprender do cafezinho, bem como dos quitutes.
Engenheira civil por formação e designer de joias por profissão, a artista visual, residiu 13 anos na Espanha, matriculando-se na Escola de Artes e Ofícios de Barcelona – 2001. Participou de algumas exposições coletivas, sendo premiada, por três vezes, a primeira vez na Espanha, no ano de 2002, Prêmio “Francesc Gali”, com a obra “La Natureza Habla”, as outras vezes, consecutivamente, no Brasil pelo mesmo prêmio “Fotógrafo Joaci Emereciano”, pela Fundação José Augusto, nos anos de 2019 e 2020, com as obras “O balcão” e “Margem”, respectivamente.
A exposição foi organizada pela coordenadora do Guap – Grupo Universitário de Aquarela e Pastel, Verônica Lima, professora do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Segundo a coordenadora, o espaço do café será palco para várias exposições do Guap, sendo a quarta exposição que ocorre no Choupana Café.
No evento de abertura, estiveram presentes professores do Departamento de Arquitetura, a professora Mônica Lima, como também algumas personalidades do cenário artístico da cidade, como a produtora cultural Maria Marhé, a artista visual Ana Rique e o fotógrafo João Alves. Para o renomado fotógrafo, Myrian é uma das grandes revelações da Fotografia Potiguar. Expressa, ainda, ter ficado surpreendido com a exposição da artista visual. Entretanto, não foi a única vez que se surpreendeu com o trabalho da fotógrafa, pois teve a oportunidade de ser jurado em um concurso de fotografia, no qual Myrian Ther havia sido premiada, pois, segundo João, a obra era bastante expressiva e tocou a todos os jurados.
A Exposição Natureza elementar, representa singularidade e imensidão dos elementos que transitam entre si, estabelecendo nuances e formas. A artista, nos proporciona, através da retina, uma experiência de percepção do pertencimento desses elementos ao se comunicarem, quando nos exprime uma imagem que apresenta a areia nas tonalidades do azul, demonstrando a reverberação do mar, nesse elemento que nos traduz vida e morte no mesmo olhar, espargindo o sentimento fomentado pela nuance que simboliza a água, brincando com os arquétipos encontrados na natureza. A exposição, nos permite um olhar questionador, a partir da singularidade e complexidade inerente a toda natureza que se comunga com o mais humano de nós.
A exposição acontece no salão do Choupana Café, localizado na Avenida Roberto Freire, 901, Natal/RN, de terça a sexta, das 14h30 às 19h30 e de sábado a domingo, das 15h às 20h, classificação livre.